"Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda."João 15,16

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quinta-feira, 17 de julho de 2014

A Lei do Amor no Primeiro Testamento - Lição 18



Percebo que nossa caminhada vai acontecendo. Neste artigo fechamos a Torá, ou seja, os cinco livros do Pentateuco, e começaremos no próximo encontro os livros históricos. No Pentateuco, um dos assuntos mais vigorosos foi a questão da Lei, que não pode ser lei com “l” minúsculo, porque Lei não foi feita para punir, mas para fazer justiça. Aqui queremos fazer uma justiça com o Primeiro Testamento. Costuma-se dizer ou pensar que a Lei do Amor na Bíblia é um privilégio do Segundo Testamento, e que o Primeiro era regido pela lei do talião (que já refletimos num encontro passado). Não é bem assim.

Para começar, no livro do levítico lemos: “Não te vingarás e não guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor” (Lv 19,18). No livro de Deuteronômio se lê: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força” (Dt 6,5). 

É citando essas duas passagens do Primeiro Testamento que Jesus responde aos fariseus, quando estes lhe perguntam: “Mestre, qual é o grande mandamento da Lei? ” E Jesus mostra que toda a Lei e os Profetas (= Primeiro Testamento) dependem desses dois mandamentos (Cf. Mt 22,34-40). Portanto, se o próprio Jesus resume o Primeiro Testamento no amor ao próximo e a Deus, é sem fundamento falarmos que aí não existe Lei do Amor.

Também, Catequistas, os profetas condensaram, tornaram mais denso, a exigência de Deus nesses dois mandamentos. O profeta Miquéias diz: “Foi-te anunciado, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige de ti: nada mais do que praticar o direito, gostar do amor e caminhar humildemente com o teu Deus” (Mq 6,8). Em Oséias, a noção de amor entre Deus e seu povo é tão ousada que ele chega a comparar Deus com um esposo e o povo com uma esposa que se devem amar mutuamente e serem fieis um ao outro (Cf. Os 1-3).

Uma novidade, porém, é reservada para o Segundo Testamento: só com Jesus Cristo surgiu outro mandamento mais exigente: “Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos” (Mt 5,43-44). Amar a quem nos ama e nos faz bem é super tranquilo. Agora, amar a quem não nos ama e ainda quer o nosso mal, só um amor divino. Por isso a Cruz é importante, ela torna visível esse Amor incondicional. 

Queridos Catequistas, depois dessa reflexão formativa, terminamos esta etapa. Caminhemos firmes! Vamos em frente! Com Jesus nada vai nos derrotar! Como atividade, vamos ler e meditar a Primeira Carta de São João.

Encontramo-nos na oração e na Eucaristia!

Org. sem. Alex Sandro Serafim.

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