"Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda."João 15,16

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Por que as Bíblias católicas não são iguais?

O nosso Blog a partir deste artigo, uma vez por mês, vai trazer respostas a muitas perguntas e dúvidas que os nossos blognautas têm sobre a Bíblia. Imagine só que maravilha, além de nosso curso panorâmico da Bíblia quinzenal, também iremos tirar nossas dúvidas sobre a Palavra de Deus. E o legal, é que esses subsídios podem nos ajudar em nossos encontros da Catequese, Grupos Bíblicos de Família, para o estudo em grupo ou individual. Então, vamos à obra! Vamos esclarecer a primeira pergunta. E para nos ajudar teremos a ajudar de José Bertolini, um dos maiores biblistas do Brasil.
Existe, no Brasil, uma dezena de Bíblias católicas. São todas iguais? Sim e não. São iguais porque todas têm o mesmo número de livros bíblicos (46 para o Primeiro Testamento[1] e 27 para o Segundo Mandamento[2]).
Mas não são exatamente iguais entre si por vários motivos:
ü Algumas, mais antigas e cada vez menos usadas hoje em dia, foram traduzidas do latim para o português. São as chamadas traduções da Vulgata[3].
ü A maioria das Bíblias católicas usadas em nossos dias são traduzidas dos assim chamados “textos originais”, ou seja, do hebraico, aramaico e grego, línguas em foi escrita a Bíblia. Comparando uma Bíblia traduzida da Vulgata com uma que foi traduzida dos “textos originais”, é possível às vezes encontrar várias diferenças: quanto ao sentido das palavras, quanto à numeração de versículos e capítulos. Por exemplo: dependendo da fonte de onde foi traduzido, um livro da Bíblia pode ter uma quantidade maior ou menor de capítulos, uma quantidade maior ou menos de versículos. No livro dos Salmos essa questão se torna mais forte. Se os números dos Salmos da Bíblia que você tem não coincidem com os da Bíblia de seu amigo é porque um de vocês tem uma tradução do latim e o outro possui uma tradução dos “textos originais”.
ü Além dessas diferenças, cada tradução de Bíblia procura ter um rosto próprio e destinar-se a uma faixa de público. É por isso que há em nosso país algumas Bíblias dirigidas de preferência para pessoas que já tem bom conhecimento da Sagrada Escritura. São edições para professores, estudantes de Bíblia e pessoas que buscam um conhecimento mais profundo do texto em si. Essas Bíblias vêm acompanhadas de notas técnicas, introduções e apêndices nem sempre de fácil compreensão para quem está iniciando o contato com a Palavra de Deus. Mas elas prestam um serviço importanteno conjunto da pastoral bíblica.
ü Algumas Bíblias têm outra preocupação. Estão mais voltadas para as pessoas que não tiveram grande preparação escolar. Por isso a linguagem procura ser o mais simples possível, e as introduções a cada livro da Bíblia, bem como as explicações ao pé da página, não são técnicas.
ü As Bíblias católicas são diferentes entre si também por outras razões evidentes: formato (tamanho), número de páginas, tamanho das letras, apresentação externa, apêndices acrescentados a cada Bíblia...
Portanto meus irmãos e irmãs Catequistas, não podemos ficar para trás, vamos em frente nos estudos e nos conhecimentos bíblicos. E não podemos esquecer o conselho do Dom Orlando Brandes, bispo de Londrina: “Bíblia na mão, Eucaristia no coração e pé da missão”.

Encontramo-nos na Eucaristia e na oração.
Org. sem. Alex Sandro Serafim.




[1] Nomenclatura atualizada do Antigo Testamento.
[2] Nomenclatura atualizada do Novo Testamento.
[3] Vulgata é o nome de uma Bíblia antiga escrita em latim.

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