O nosso Blog a partir deste
artigo, uma vez por mês, vai trazer respostas a muitas perguntas e dúvidas que
os nossos blognautas têm sobre a Bíblia. Imagine só que maravilha, além de
nosso curso panorâmico da Bíblia quinzenal, também iremos tirar nossas dúvidas
sobre a Palavra de Deus. E o legal, é que esses subsídios podem nos ajudar em
nossos encontros da Catequese, Grupos Bíblicos de Família, para o estudo em
grupo ou individual. Então, vamos à obra! Vamos esclarecer a primeira pergunta.
E para nos ajudar teremos a ajudar de José Bertolini, um dos maiores biblistas
do Brasil.
Existe, no Brasil, uma
dezena de Bíblias católicas. São todas iguais? Sim e não. São iguais porque
todas têm o mesmo número de livros bíblicos (46 para o Primeiro Testamento[1] e 27 para o Segundo
Mandamento[2]).
Mas não são exatamente
iguais entre si por vários motivos:
ü Algumas,
mais antigas e cada vez menos usadas hoje em dia, foram traduzidas do latim
para o português. São as chamadas traduções da Vulgata[3].
ü A
maioria das Bíblias católicas usadas em nossos dias são traduzidas dos assim
chamados “textos originais”, ou seja, do hebraico, aramaico e grego, línguas em
foi escrita a Bíblia. Comparando uma Bíblia traduzida da Vulgata com uma que foi
traduzida dos “textos originais”, é possível às vezes encontrar várias
diferenças: quanto ao sentido das palavras, quanto à numeração de versículos e
capítulos. Por exemplo: dependendo da fonte de onde foi traduzido, um livro da
Bíblia pode ter uma quantidade maior ou menor de capítulos, uma quantidade
maior ou menos de versículos. No livro dos Salmos essa questão se torna mais
forte. Se os números dos Salmos da Bíblia que você tem não coincidem com os da
Bíblia de seu amigo é porque um de vocês tem uma tradução do latim e o outro
possui uma tradução dos “textos originais”.
ü Além
dessas diferenças, cada tradução de Bíblia procura ter um rosto próprio e
destinar-se a uma faixa de público. É por isso que há em nosso país algumas
Bíblias dirigidas de preferência para pessoas que já tem bom conhecimento da
Sagrada Escritura. São edições para professores, estudantes de Bíblia e pessoas
que buscam um conhecimento mais profundo do texto em si. Essas Bíblias vêm
acompanhadas de notas técnicas, introduções e apêndices nem sempre de fácil
compreensão para quem está iniciando o contato com a Palavra de Deus. Mas elas
prestam um serviço importanteno conjunto da pastoral bíblica.
ü Algumas
Bíblias têm outra preocupação. Estão mais voltadas para as pessoas que não
tiveram grande preparação escolar. Por isso a linguagem procura ser o mais
simples possível, e as introduções a cada livro da Bíblia, bem como as
explicações ao pé da página, não são técnicas.
ü As
Bíblias católicas são diferentes entre si também por outras razões evidentes:
formato (tamanho), número de páginas, tamanho das letras, apresentação externa,
apêndices acrescentados a cada Bíblia...
Portanto
meus irmãos e irmãs Catequistas, não podemos ficar para trás, vamos em frente
nos estudos e nos conhecimentos bíblicos. E não podemos esquecer o conselho do
Dom Orlando Brandes, bispo de Londrina: “Bíblia na mão, Eucaristia no coração e
pé da missão”.
Encontramo-nos
na Eucaristia e na oração.
[1]
Nomenclatura atualizada do Antigo Testamento.
[2]
Nomenclatura atualizada do Novo Testamento.
[3]
Vulgata é o nome de uma Bíblia antiga escrita em latim.
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