Jesus, então, vendo sua mãe e,
perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua Mãe: “Mulher, eis teu filho!”
Depois disse ao discípulo: “Eis tua mãe!” E a partir dessa hora, o discípulo a
recebeu em sua casa. (Jo 19, 26-27).
A devoção a
Maria em seus diversos títulos é a maior expressão de amor que encontramos em
nossa Igreja. Em toda história a sua humilde presença confirma o diz a Sagrada
Escritura, do qual “todas as gerações
proclamarão bem aventurada” (Cf. Lc. 1,48). A maior alegria de um cristão
católico é poder confiar na intercessão da Mãe.
Sabemos que uma forma de agradecer, e ao mesmo tempo
recorrer a Mãe Maria, é rezando o terço. É justamente nesta hora do terço que
nossa homenagem se estende a toda humanidade. Maria é Mãe de todos os povos.
Toda humanidade é incluída na oração do terço, e em seus mistérios,
contemplamos a maior história de amor, em que, o Pai oferece o seu Filho para
que toda humanidade pudesse chegar a Ele. O Pai desejou que cada um de nós
pudesse ter acesso a Ele, mas o pecado se tornou uma barreira, sozinhos não
conseguíamos passar. Mas Jesus, o Filho de Deus, foi que derrubou esta
barreira, “o véu do templo se rasgou”
(Cf. Mt. 27, 51), agora todos nós podemos achegar-se diante do trono onde está
sentado à direita do Pai o nosso Rei, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de
Deus que Ressuscitou.
Diante dessa história de amor, a participação de
Maria foi indispensável para toda a humanidade. A atitude de Maria foi somente
olhar para esta história, guardar em seu coração, e confiar no projeto de Deus
para a salvação de sua geração e as gerações posteriores. Podemos encontrar os “olhares de Maria” no seu “Sim” – O “olhar
do SIM” é um olhar aflito, mas
repleto de aceitação (Cf. Lc1, 28-29); o “olhar do SERVIR” que a leva a casa de Zacarias nas montanhas para cuidar de
sua prima Isabel (Cf. Lc 1, 39-41); o “olhar de CARINHO”, carinho de Mãe que no auge da sua maternidade recebe a
visita dos reis magos e transmite esse olha para cada um mostrando que tudo o
que passou até então ela tinha guardado no coração (Cf. Lc. 2, 16-19); o “olhar
de INTERCESSORA” revelado em Caná da
Galiléia, numa festa de casamento, onde Maria lança seu olhar e o Filho atende
o pedido da Mãe transformando a água em vinho (Cf. Jo. 2, 1-5); o “olhar de MÃE DO MUNDO” que aos pés da Cruz,
vendo o seu Filho partir, tanta solidão por não ter ninguém por ela, o seu
olhar é lançado ao Filho que entrega a humanidade toda em sua mão e, enfim o
mundo a recebe como Mãe (Cf. Jo. !9, 25-27).
São tantos olhares que nos mostram que Maria, também
vela por nós, assim como o Filho vela concedendo-nos a sua graça e benção. Que
Maria, Mãe de todos os povos nos livre de todos os males, e nos cubra com seu
manto sagrado e interceda por nós nesta vida peregrina aqui na terra apontando
seu Filho que nos conduz a eternidade. Amém!
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