"Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda."João 15,16

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A “Lei do Talião”



Lição 13
Em nosso curso é preciso fundamentar com riqueza alguns conceitos que construíram o universo bíblico, e no caso da lei, isso se torna imprescindível. Ao ler o Primeiro Testamento, muita gente fica horrorizada ao notar que ali se narram fatos onde transparece uma sede de vingança muito grande e que contraria toda a nossa visão cristã de amor ao próximo. A lei não pode ser desumana. E não foi criada para ser elemento de injustiças. E parece que tais vinganças recebem um aval nas leis de Israel, principalmente na chamada “lei do talião”.
A palavra “talião” vem do adjetivo tal, indicando o que significa essa lei: “tal ofensa, tal punição”, isto é, a cada ofensa feita corresponde uma punição equivalente: “olho por olho, dente por dente”(Ex 21,23), “fratura por fratura”(Lv 24,19), “vida por vida”(Dt 19,21). Para nós, isso soa como vingança, contrariando qualquer perspectiva de perdão; de fato, porém, é uma lei que visa justamente o contrário: substitui a vingança sem medida, para que haja um limite até mesmo na execução da justiça. Visava também a exterminar as vinganças pessoais e indiscriminadas para que a justiça fosse exercida diante de testemunhas e por um juiz. Inclusive, a lei do talião foi aos poucos sendo abrandada, substituindo a punição física por algum tipo de compensação.
Muitos dizem que esta era uma lei para um tempo em que a civilização estava muito atrasada, mas que agora, com o Segundo Testamento, isso já foi superado. No entanto, resta saber se a nossa prática de civilização com dois mil anos de cristianismo não é a mesma do talião: “Tal tapa na cara, tal tapa na cara; tal míssil nuclear, tal míssil nuclear”. Quando nós hoje nunca mais olhamos para o rosto de alguém só porque ele nos ofendeu, certamente, nem mesmo a lei do talião observamos, pois no Primeiro Testamento era uma questão de defender a justiça.

Agora, podemos ter uma nova visão sobre o livro do Levítico. A Lei e a justiça são inseparáveis. Amigos e amigas do Blog continuem firmes!

Encontramo-nos da Eucaristia e na oração!
Org. sem. Alex Sandro Serafim.


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