Sem coordenação a formação dança
1. A formação - fundamento da caminhada catequética
Uma boa caminhada catequética depende de diversos fatores. A catequese envolve toda a comunidade para que toda a vida comunitária seja catequizadora.
Mas aqui visa-se especificamente a formação de cada grupo de catequistas e as pessoas que coordenam. É sempre melhor que a coordenação seja feita por uma EQUIPE. É importante a formação, não somente dos catequistas, mas também das pessoas que constituem a equipe coordenadora.
A formação é um dos fundamentos que mantém a catequese de pé e caminhando para frente.
2. A formação como responsabilidade de cada catequista e da coordenação
A formação é um compromisso de cada catequista. Nenhum catequista pode se dispensar da obrigação de se formar. Sua formação se dá através da participação em cursos, encontros, assembleias, retiros... que acontecem de vez em quando; através do estudo, leituras pessoais... que precisam ser permanentes; e principalmente através da ação catequética, ou seja, através de um acompanhamento que o próprio grupo de catequistas faz do seu “caminhar”. Este acompanhamento é altamente formativo. Enquanto vão sendo catequistas, vão-se formando.
Por outro lado, cuidar da formação é uma das tarefas mais preciosas da coordenação. É verdade que esta tarefa é confiada ao bispo da diocese, ao pároco, ao Conselho Pastoral etc. Mas é verdade também que as pessoas que acompanham de perto os catequistas são aquelas que coordenam. Por isto têm um papel especial, incluindo o de serem ponte entre os responsáveis pela formação.
3. Quem coordena precisa preparar-se para a formação
A coordenação da Catequese precisa preparar-se para cumprir melhor esta sua tarefa de cuidar da formação dos catequistas, como parte de sua missão.
Coordenar é exercer um ministério que implica refletir, organizar, possibilitar um dinamismo que coloque a catequese em processo permanente de renovação. Para isso, as pessoas que coordenam precisam de apoio. Um apoio que muito ajuda pode ser o de antigos coordenadores. Este trabalho exige uma espiritualidade e requer uma formação.
A equipe de coordenação precisa ter uma boa experiência de vida e de catequese. Sua função é um ministério específico. Ela “respira” catequese constantemente. É importante que a coordenação tenha um plano de formação dos catequistas, elaborado com a participação de todos.
4. A bonita tarefa de “convencer”
Uma boa equipe de coordenação é aquela que serve; aquela que, democraticamente, decide junto e divide trabalhos; aquela que mantém unido o grupo de catequistas e ajuda a quebrar as tensões; aquela que favorece o bom relacionamento através da amizade e do companheirismo; aquela que cativa os pais de boa vontade e conquista o respeito e apoio deles...
Uma boa coordenação é aquela que se preocupa com sua formação e com a dos catequistas. Mais do que isso, é aquela que convence, leva a crer que a formação é essencial para cumprir a missão como catequista. A coordenação é aquela que abre o “apetite” da formação. E quem tem apetite, busca o que comer...
5. A formação é uma “refeição” em grupo
Uma das coisas mais significativas da vida humana é a pessoa alimentar-se. É radicalmente vital! Pense bem! Agora, pense na alimentação em família, num grupo de amigos... o que ela pode significar? A formação de um grupo de catequistas é como uma refeição em grupo. Cada um se alimenta e supre suas necessidades, compartilhando e alegrando-se com o outro. Todos se fortalecem e saem refeitos, com forças para continuar o caminho.
O coordenador, conhecendo e respeitando cada um, estimula esta refeição-formação e alimenta-se junto. Se for preciso, exerce sua autoridade por amor. Nenhum catequista pode não querer alimentar-se. Fica cada vez mais claro que a catequese depende de pessoas bem “alimentadas” por uma boa formação.
6. Uma sugestão
É dentro de um PROJETO CATEQUÉTICO - aquele que exige uma “decisão fundamental” - que aparece mais claramente o plano de formação dos catequistas. Mas aqui, dada a urgência da necessidade, sugere-se um processo. Quem sabe, a partir dele, possa-se chegar ao Projeto.
Extraído do subsídio “Pedra em Lapidação, catequista em formação”
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