"Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda."João 15,16

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sábado, 4 de fevereiro de 2012

O rosto amoroso do Espírito Santo



Deus é uma Família de três Pessoas em perfeita comunhão no Amor. Quando dizemos “Deus” 
estamos a dizer um apelido, o nome de uma Família! Deus não é um “sujeito isolado”, como um “divino 
solteirão” votado à solidão de si próprio. Deus é Família de três Pessoas perfeitas no Amor. Dito por outras 
palavras: Deus é Santíssima Trindade! 
Ser  pessoa significa ser uma interioridade espiritual única, original, irrepetível, livre, responsável, 
capaz de amar e que se realiza na comunhão com outras pessoas. 
Na “primeira” Pessoa da Santíssima Trindade,  o Amor Divino realiza-se como Dom total de si 
próprio, Graça eterna e perfeita. Por isso lhe chamamos “Pai”, para exprimir esta entrega amorosa de si 
próprio que gera o outro como Filho. Sim, a “primeira” Pessoa da Família Divina não é Pai por ter procriado 
a “segunda” ou por ser mais velho que ela! O Filho Eterno de Deus-Pai é “gerado” pelo Pai, não “criado”. A 
geração filial é uma relação amorosa, não a consequência de um encontro sexual. O casal que adopta uma 
criança não a “procriou” como filha, mas o amor paternal-maternal que lhe dedica “gera-a” como filha. Ser 
gerado como filho significa ser amado como filho. 
Na “segunda” Pessoa da Santíssima Trindade, o Amor Divino realiza-se com este jeito filial de 
acolhimento do Amor-Dom do Pai. O Amor Filial Divino tem rosto de Gratidão, como o Amor Paternal Divino 
tem rosto de Graça. Por isso, esta “segunda” Pessoa da Família Deus é chamada “Filho”. Jesus de Nazaré 
é a Revelação e Realização em densidade humana deste Amor Filial Divino, que nele se tornou humanodivino pelo mistério de comunhão animado pelo Espírito Santo. Por isso se chama o “Cristo”
Esse é, de facto, o eterno jeito de ser e amar do Espírito Santo: inspirar e animar comunhão. Na 
“terceira” Pessoa da Santíssima Trindade, o Amor Divino realiza-se como vínculo familiar e ternura maternal 
divina pela qual o Pai e o Filho são Um na Unidade do Amor. A Unidade do Amor é a perfeição da 
comunhão em que cada um é ele próprio sendo totalmente com o outro e para o outro. A unidade do Amor 
animada pelo Espírito não tem nada de parecido com fusão.  
A Unidade Divina é a unidade de uma Comunhão perfeita. Unidade porque ausente de divisões! A 
Unidade de Deus não significa a  unicidade de um sujeito divino. Quando os judeus proclamavam e 
proclamam todos os dias a oração ritual “Shêmá Israel”, referem-se à Unidade Divina como  unicidade: 
“Escuta, Israel! Iahvé é nosso Deus; o Iahvé é Um!” (Dt 6, 4) 
Mas a grande revelaçao de Deus em Cristo é a novidade de conhecermos o seu Rosto Comunitário: 
o Filho revela o Pai e torna-se princípio de difusão do Espírito Santo para toda a Humanidade. Deus é Um 
na Unidade de uma Comunhão perfeita, não na unicidade de um sujeito. Deus não é uni-Pessoal, mas uniComunhão! 
O Espírito Santo é nesta Comunhão que nós aprendemos a chamar “Deus” o ponto de encontro 
eterno entre o Pai e o Filho, o Amor Divino com jeito de abraço e inspiração de reciprocidade. É uma 
Pessoa Divina, como o Pai e o Filho, uma interioridade espiritual eterna e perfeita, única, original, irrepetível, 
livre, capaz de amar e que se realiza na comunhão com outras Pessoas. Não é uma “pombinha”, nem um 
vento, nem uma “coisa” sagrada que se tenha e se dê! A má compreensão dos símbolos bíblicos para dizer 
a acçao do Espírito de Deus fez com que se “coisificasse” a Sua existência.  


2 comentários:

José Benedito disse...

Que o Espírito Santo nos ilumine e nos guie.
Bom fim de semana

acredite em deus disse...

sim precisamos de deus cada dia mais em nossas vidas que o espirito nos eilumine